Processo de doação das casas da Aeronáutica para o Hoftalon é concluído

A Superintendência do Patrimônio da União no Paraná concluiu o processo de doação das antigas casas da Aeronáutica, no Jardim Aeroporto (zona leste), para o Hoftalon (Hospital de Olhos), que deverá construir uma nova unidade no local. Moradores reclamam há anos do estado de abandono dos imóveis, marcado pelo acúmulo de lixo, mato alto e presença frequente de pessoas em situação de rua e usuários de drogas.

A FOLHA teve acesso ao extrato do contrato de 20 anos, que detalha dois terrenos avaliados em quase R$ 7 milhões: um localizado na avenida Paul Harris, com área de 3.734,84 metros quadrados e valor estimado em R$ 3.249.741,76; e outro na avenida Santos Dumont, com 4.245,50 metros quadrados, avaliado em R$ 3.689.960,44. 

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O Hoftalon poderá utilizar os espaços exclusivamente para a implantação e manutenção de uma nova unidade na zona leste. O novo hospital ficará na Santos Dumont, enquanto a área da Paul Harris deverá abrigar um centro de atendimento a pacientes de outras cidades.


Inicialmente, os imóveis pertenciam à FAB (Força Aérea Brasileira) e foram transferidos à Superintendência do Patrimônio no início deste ano. A FOLHA mostrou, em abril, que o órgão federal e a direção do hospital estavam em tratativas para o repasse. O Hoftalon foi escolhido por priorizar o atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).


De acordo com o Hoftalon, a instituição vai precisar captar recursos para viabilizar a construção, que deve ser concluída em um prazo de dois a três anos. “Esse hospital será um marco para a saúde pública oftalmológica no Paraná. Estamos estruturando um projeto moderno, eficiente e totalmente voltado a quem mais precisa. Contamos com o apoio da sociedade, de parceiros e de instituições públicas para torná-lo realidade”, destaca o dr. Nobuaqui Hasegawa, fundador do Hoftalon.

A presidente da AMA (Associação de Moradores dos Bairros Novo Aeroporto e Jardim Caravelle), Cirlete Marcondes de Oliveira Pelegrinelli, afirma que os moradores aguardam há 15 anos uma solução para os imóveis abandonados. Ela vive no bairro desde a década de 1990 e comemorou a definição do destino da área.

“As consequências para o bairro serão muito positivas, pois haverá valorização do local e mais oportunidades de investimento no comércio, especialmente na área de alimentação e de óticas, bem como mais jovens vindo morar aqui”, diz Pelegrinelli.


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Ela ressalta que, nos últimos anos, com o abandono dos imóveis, houve aumento da insegurança. “Vivemos um momento de muita insegurança, com pessoas em vulnerabilidade social perambulando e até habitando os imóveis. Esperamos também que o poder público ofereça abrigo a essas pessoas.”

Fonte: Douglas Kuspiosz – Grupo Folha

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