Polícia Civil prende sete pessoas envolvidas em fraudes bancárias em Londrina

A Polícia Civil do Paraná cumpriu na manhã desta quarta-feira (06) 34 mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em Londrina e Cambé em uma operação que investiga a utilização de cartões de crédito fraudados. O grupo estava estabelecido em Londrina, mas a operação vem sendo conduzida pelo Nuciber (Núcleo de Combate aos Cibercrimes), de Curitiba, já que o boletim de ocorrência que deu origem à investigação foi feito na capital. 

Delegado do Nuciber, Thiago Pereira Lima explica que os criminosos utilizam contas digitais em uma instituição financeira de grande proporção no país para cadastrar cartões de crédito obtidos de maneira fraudulenta de vítimas de todo o Brasil. Os dados dos cartões eram obtidos em sites falsos na internet ou até mesmo em compras físicas, em casos envolvendo funcionários mal-intencionados que registravam as informações bancárias dos clientes.

Os cartões eram incluídos na conta deste banco digital e, a partir daí, os criminosos sacavam os valores respectivos aos limites do crédito. “Os bancos trazem inúmeras possibilidades, dentre elas a de sacar ou pagar boletos com o limite do cartão de crédito”, explica. A polícia identificou ao menos 75 transações durante o período de pouco mais de um ano, o que movimentou, em valores, quase R$ 300 mil. 

Organização criminosa

O dinheiro fruto da fraude era transferido para duas pessoas, um homem e uma mulher, que foram identificados como os líderes da atividade criminosa. Ao todo, foram expedidos 34 ordens judiciais, sendo 23 de busca e apreensão e 11 de prisão preventiva. O delegado aponta que sete pessoas já foram presas, incluindo os dois líderes, e três permanecem foragidos. Durante o cumprimento dos mandados, os policiais receberam a informação de que um dos investigados morreu nos últimos meses.


A quadrilha atuava predominantemente em Londrina, sendo que apenas um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Cambé, mas o caso está nas mãos do Nuciber, já que o boletim de ocorrência foi registrado pela instituição financeira em Curitiba há cerca de um ano e meio.

Ao todo, 120 policiais participaram da operação. “O banco digital identificou inúmeras transações fraudulentas em suas contas em que eram utilizados cartões igualmente fraudulentos, que eram furtados ou vazados”, detalha. 

Com a apreensão de celulares e documentos vinculados às contas, incluindo faturas de cartão, a polícia vai dar andamento na investigação para identificar outros possíveis envolvidos e se havia alguém em uma posição superior ao casal que foi preso. 


No caso, além do casal que era líder do esquema, outros serviam como ‘laranjas’, já que emprestavam suas contas para que os valores fossem debitados. Segundo Lima, quem empresta dados ou contas para fins fraudulentos também está cometendo um crime. Por isso, além de estelionato mediante fraude eletrônica, o caso também foi caracterizado pelo crime de organização criminosa.

“Pandemia” de crimes virtuais

Com o aumento no número de casos relacionados a crimes eletrônicos, Thiago Pereira Lima explica que a pena também cresceu, podendo chegar a até oito anos de reclusão. “É muito importante esse trabalho da Polícia Civil de combater esse tipo de criminalidade, já que protege a todos”, afirma. 


A denúncia foi feita por uma instituição financeira, mas o delegado não descarta que outros bancos digitais também possam ter sido lesados. “Essa fraude pode funcionar com cartões de quaisquer bandeiras e em contas digitais de muitos bancos que têm essa facilidade de sacar valores do cartão de crédito”, alerta, complementando que esse tipo de ação deixa ‘rastros’, o que permite a identificação de todos os envolvidos. 

Orientações

Para evitar o roubo de dados no ambiente virtual, o delegado afirma que é fundamental ficar atento ao endereço eletrônico, como nos casos de sites nacionais, que possuem uma extensão padrão (.com.br). Ele também aconselha a utilização de cartões virtuais, que muitos bancos oferecem, em vez do físico, já que os limites costumam ser menores. “Verificou uma transação suspeita? Conteste a transação, entre em contato com o seu gerente e desconfie sempre de mensagens de desconhecidos, de ligações supostamente de banco”, alerta.

Operação da Polícia Civil mira organização criminosa envolvida em fraudes com cartões de crédito em Londrina e Cambé

A PCPR (Polícia Civil do Paraná) está nas ruas desde as primeiras horas desta quarta-feira (06) para cumprir 34 mandados judiciais contra uma organização criminosa investigada pelo uso de cartões de créditos fraudados e movimentações financeiras em contas digitais de uma fintech brasileira. A ação acontece em Londrina e Cambé.

Os mais de cem policiais civis envolvidos têm a missão de cumprir 23 ordens de busca e apreensão e outras 11 de prisão preventiva pelo crime de estelionato na modalidade eletrônica. Um helicóptero da polícia também está sendo empregado nas buscas.

Parte superior do formulário

A ação é resultado de uma investigação que teve início após um boletim de ocorrência registrado pela própria instituição financeira. Segundo a denúncia, inúmeras contas no referido banco, majoritariamente de usuários sediados em Londrina, estavam utilizando cartões fraudados para efetuarem transações financeiras via aplicativo.

“Como eram cartões fraudados, as operadoras logo contestavam as transações, remanescendo o prejuízo com o banco digital, uma vez que os valores já haviam sido rapidamente movimentados e pulverizados pelos criminosos”, esclarece o delegado Thiago Lima, que conduz o inquérito policial.

Publicidade

Os valores eram movimentados inicialmente por vários agentes que atuavam como laranjas e, depois de obtida a vantagem financeira, o dinheiro era destinado a duas pessoas – um homem e uma mulher – que possivelmente são os líderes do esquema. A investigação identificou 75 transações fraudulentas que movimentaram aproximadamente R$ 200 mil. 

Diante dos elementos de prova apurados pela PC, representou-se por mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, que foram deferidos pelo Poder Judiciário.

“Trata-se de uma ação importante para coibir esse tipo de crime cibernético, que dilapida os patrimônios de correntistas e empresas que atuam no ramo de atividades bancárias digitais. São crimes que abalam a confiabilidade e a segurança de um ramo tão importante para a sociedade nos dias atuais, que é a virtualização das operações bancárias e financeiras”, conclui o delegado.

PlayFM - Ao vivo
PlayTV - Ao vivo

Em breve você vai acompanhar ao vivo a programação da PlayTV direto na tela do seu dispositivo.