A Polícia Rodoviária Federal divulgou nesta quinta-feira (17) um balanço de ocorrências de trânsito no primeiro semestre de 2025, com dados de acidentes, fiscalização e ações educativas. Os registros da PRF apontam que 302 pessoas perderam a vida em sinistros de trânsito, número 8,2% maior do que no primeiro semestre de 2024, quando 279 pessoas morreram.
De acordo com o balanço, a alta nas mortes nas estradas do estado foi puxada, principalmente, por dois tipos de acidentes: as colisões laterais no mesmo sentido e as colisões traseiras, com aumentos de 120% e 47,6%, respectivamente.
A colisão frontal segue como o tipo de sinistro com mais mortes. Nas rodovias federais da região de Londrina, norte do Paraná, a PRF registrou um aumento de 27% no número de mortes, no mesmo período. O levantamento aponta que quase 30% dos óbitos são decorrentes desse tipo de colisão.
Assim como acontece nas colisões frontais, os atropelamentos de pedestres geram mortes em desproporção com a quantidade de acidentes. Com 146 registros, os atropelamentos respondem por 16,2% dos óbitos (49 pedestres mortos). Do total de atropelamentos, cerca de um terço resultou em morte, o que demonstra a fragilidade dos pedestres no trânsito.
Os atropelamentos guardam uma relação direta com a falta de luminosidade natural. Oito em cada dez mortes de pedestres (40 de 49) ocorreram à noite ou de madrugada e em horários propícios ao ofuscamento da visão, como o amanhecer e o anoitecer.
O excesso de velocidade segue como um dos fatores mais críticos para a segurança nas rodovias. As estatísticas mostram que as três principais causas prováveis de acidentes identificadas pela PRF no Paraná têm relação direta com a velocidade: ausência de reação do condutor, reação ineficaz e o próprio excesso de velocidade. Juntas, essas causas estão presentes em 1.458 ocorrências, o que representa 40% do total registrado no ano.