Gaeco investiga a venda de cosméticos falsificados em Londrina

O núcleo de Londrina do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Dalila nesta quinta-feira (02) para apurar a comercialização de cosméticos falsificados na cidade. Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais vinculados ao grupo investigado.

O delegado Ricardo Jorge Rocha Pereira Filho, do Gaeco, explica que as investigações começaram após a L’Oréal, uma multinacional voltada ao segmento de beleza, ter comunicado formalmente às autoridades, através de uma notícia-crime, que clientes estavam reclamando da compra de produtos para cabelo falsificados. 

Segundo ele, a investigação levou a até cinco empresas ligadas a um mesmo grupo que atuavam a partir de Londrina com a fabricação e venda dos produtos falsificados em cinco lojas virtuais. A investigação vai apontar se os produtos falsificados também eram vendidos em uma loja física em Londrina. 

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram apreendidos os celulares dos investigados e rótulos e produtos ligados à marca. O delegado aponta que os cosméticos devem ser falsificados e agora vão passar pela perícia para identificar os componentes. De acordo com as imagens divulgadas pelo Gaeco, dentre os produtos estão shampoos, condicionadores e máscaras para cabelo de linhas famosas da L’Oréal, como Absolut Repair, Inforcer e Vitamino Color. 

Segundo o Gaeco, laudos técnicos atestaram a falsificação dos produtos apreendidos, indicando diferenças em rótulos, odor, aspecto e, em alguns casos, ausência de conservantes ou pH fora das especificações. Há também registros de reclamações de consumidores em sites públicos, relatando o recebimento de produtos falsificados. 

De acordo com o delegado, uma pessoa foi conduzida até a sede do Gaeco, mas a investigação aponta a possibilidade de que exista uma associação criminosa. A princípio, o suspeito é químico por formação e um dos representantes das empresas que comercializam os produtos falsificados. Ele deve passar por interrogatório.

A investigação agora deve apontar também a origem do produto que era comercializado. “Pode ser que eles fizessem essa mistura aqui, pode ser que eles já comprassem o produto misturado e apenas colocavam a etiqueta ou pode ser que já comprassem tudo falsificado e pronto para revender”, detalha o delegado. 

Até o momento, o policial afirma que não foi identificado nenhum caso de lesão corporal decorrente do uso dos produtos, como queimaduras ou alergias, apenas reclamações em relação ao cosmético ser diferente do original. 

Os fatos investigados podem configurar os crimes de falsificação de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, incluindo cosméticos, e associação criminosa, além de possíveis crimes contra a propriedade industrial e contra as relações de consumo.

A reportagem entrou em contato com a L’Oréal e aguarda retorno.

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