O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do Núcleo de Londrina do Gaeco, denunciou 25 pessoas investigadas na Operação Las Vegas, que desarticulou uma rede criminosa voltada à exploração de apostas ilegais, agiotagem e lavagem de dinheiro.
De acordo com as investigações, o grupo era comandado por um empresário de Londrina e operava uma plataforma digital de alcance nacional usada para gerenciar apostas ilícitas, principalmente ligadas ao jogo do bicho. Os lucros, estimados em quase R$ 200 milhões, eram “lavados” por meio de empresas de fachada, compra de imóveis e veículos de luxo.
O MPPR pediu à Justiça o confisco dos valores e bens obtidos com o esquema, a reparação por danos morais coletivos e o bloqueio do patrimônio dos principais denunciados, diante da incompatibilidade entre as receitas declaradas e os montantes movimentados.
A Operação Las Vegas teve duas fases: a primeira, em 30 de janeiro, e a segunda, em 16 de outubro de 2025, com o cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão em Londrina (PR), Tupã (SP) e Itapema (SC).
Segundo o MP, mesmo após as primeiras medidas judiciais, os investigados mantiveram as atividades ilegais, o que levou a uma nova etapa da operação. O grupo foi denunciado pelos crimes de organização criminosa, lavagem de ativos, usura, falsidade ideológica e pela contravenção penal de jogo do bicho.

