‘Falso policial’ é preso suspeito de extorquir comerciantes em Londrina

A Polícia Civil de Londrina prendeu um homem de 71 anos que se passava por policial e é suspeito de extorquir comerciantes e prestadores de serviço de Londrina e região. Por meio de ameaças, ele coagia os empresários a comprarem rifas que, supostamente, seriam para auxiliar policiais aposentados. A suspeita é de que o idoso venha cometendo o crime há anos. Em apenas 12 meses, ele conseguiu subtrair mais de R$ 700 mil das vítimas.

O delegado Rafael Souza Pinto explica que há cerca de 45 dias um comerciante e um prestador de serviços de Londrina procuraram a polícia para relatar que um homem que usava um uniforme da Polícia Civil e uma camiseta do Sindipol (Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região) comparecia nos estabelecimentos exigindo dinheiro. A justificativa da colaboração financeira seria a compra de uma rifa, sendo que os valores seriam destinados para auxiliar policiais civis aposentados. 

Ele aponta que a situação já se repetia há pelo menos três anos com o comerciante, mas que a atuação do homem acontece há muito mais tempo. “As exigências eram acrescidas de energia, praticamente uma ameaça, coagindo eles a colaborarem com a rifa”, explica o delegado. As imagens das câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram a ação do suspeito durante as cobranças ilegais.

Pinto detalha que através das imagens foi possível identificar o homem, que tem 71 anos e diversas passagens pela polícia por extorsão, estelionato, ameaça, falsidade ideológica, furto e lavagem de dinheiro. Na sexta-feira, os policiais cumpriram o mandado de prisão preventiva e o de busca e apreensão em endereços relacionados ao suspeito, onde foram apreendidos a camiseta que ele utilizava, jornais informativos do Sindipol e exemplares da rifa que era oferecida aos comerciantes. O prêmio seria supostamente uma motocicleta. 

O delegado afirma que ainda não é possível dizer se o criminoso conseguiu a camiseta com algum policial da corporação ou se ele mandou fazer. “Isso ainda é objetivo da nossa investigação e vai ser apurado”, complementa. Ele estima que no período de apenas um ano, o homem tenha subtraído pelo menos R$ 700 mil das vítimas. Com o andamento das investigações, o delegado afirma que vai ser possível identificar o destino do dinheiro e também a participação de outras pessoas, hipótese que já foi confirmada. 

Ao chegar no estabelecimento comercial, o homem entregava o folheto da rifa da motocicleta e cobrava valores que variavam de R$ 200 a R$ 500 dos comerciantes como forma de participar do sorteio. De acordo com o delegado, um empresário disse que notou um volume próximo ao bolso da calça do homem, o que poderia indicar a presença de uma arma de fogo como forma de pressionar ainda mais as vítimas. 

“Quando o comerciante não tinha condições de pagar ou não tinha desejo de colaborar, apresentando uma certa resistência, o suspeito coagia a vítima dizendo que se ele não colaborasse ele poderia não ser amparado caso precisasse da polícia”, detalha. O delegado explica que o que levou os empresários a denunciarem após anos sendo vítimas do crime foi o temor de que algo acontecesse diante das ameaças, que cada vez ficavam piores. 

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A partir de agora, o delegado reforça a importância de que outras vítimas procurem a polícia para relatar o caso, tanto presencialmente, na Delegacia Cidadã, que fica na Avenida Abelio Benatti, n° 5050, quanto pelo WhatsApp 3278-3040. “A Polícia Civil ou suas entidades de classe não exigem dinheiro por motivo algum”, alerta. 

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