A novela sobre a instalação do ILS (Sistema de Pouso por Instrumentos) no Aeroporto de Londrina, que já dura ao menos duas décadas, parece se aproximar de seus capítulos finais. A FAB (Força Aérea Brasileira), por meio do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), informou que o equipamento foi adquirido da Thales Itália e já está em processo de entrega. A previsão é de que chegue ao Brasil, via transporte marítimo, no fim de setembro e, em 10 de outubro, seja entregue em Londrina.
A Thales Itália é uma das subsidiárias do grupo francês Thales, multinacional especializada em tecnologia aeroespacial, defesa e transporte, com presença em mais de 60 países. A unidade italiana é referência no desenvolvimento e fornecimento de sistemas de navegação aérea, entre eles o ILS (Instrument Landing System), utilizado em aeroportos de todo o mundo para garantir maior precisão e segurança em pousos sob baixa visibilidade.
O cronograma de implantação segue mantido. As obras de infraestrutura, iniciadas em 20 de julho, devem ser concluídas até 22 de setembro. Em seguida, a montagem do sistema ocorrerá entre 12 de outubro e 8 de novembro. Os testes logísticos e técnicos estão programados para o período de 9 a 15 de novembro, enquanto o voo de homologação da FAB deve ser realizado entre os dias 16 e 22 do mesmo mês. A inauguração está marcada para 10 de dezembro, no calendário de celebração de 91 anos do município.
Obras preparatórias
Nos últimos meses, o aeroporto passou por obras complementares para viabilizar o funcionamento do sistema, como a instalação do ALS (Sistema de Luzes de Aproximação) na cabeceira 31 da pista, a demolição e reconstrução de um muro, a erradicação de árvores e o nivelamento de áreas laterais para não interferir no sinal de rádio.
Demanda antiga da cidade
A instalação do ILS é uma reivindicação histórica de Londrina e considerada estratégica para o desenvolvimento regional, já que o sistema garante maior segurança em pousos com baixa visibilidade. Lideranças políticas e empresariais destacam que a ausência do equipamento trouxe prejuízos à cidade ao longo dos anos, com voos desviados e cancelados em dias de mau tempo.