Nos últimos anos, o Brasil e o mundo têm enfrentado não apenas o desafio de conter doenças, mas também o avanço da chamada infodemia: o excesso de informações falsas ou distorcidas que circulam, sobretudo, nas redes sociais. Esse cenário tem gerado insegurança e contribuído para a recusa ou adiamento da vacinação, apesar do histórico de sucesso dessa medida na prevenção de enfermidades graves.
Com o objetivo de esclarecer as principais dúvidas e combater a desinformação, a Prefeitura de Ibiporã, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, elaborou um conjunto de orientações fundamentadas em evidências científicas revisadas por especialistas e alinhadas a órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os boatos mais recorrentes, destaca-se a falsa relação entre vacinas e autismo, originada a partir de um estudo fraudulento na década de 1990 e já amplamente refutada. Pesquisas robustas, envolvendo milhões de crianças em diversos países, reiteram que as vacinas são seguras e não causam autismo.
Outra dúvida recorrente é sobre a vacina contra a COVID-19. Boatos afirmam que ela aumenta o risco de formas graves da doença ou que foi desenvolvida rápido demais para ser segura. Na verdade, a imunização é justamente o que reduz de forma significativa casos graves, internações e óbitos. A velocidade no desenvolvimento foi resultado de décadas de pesquisa prévia, investimento global sem precedentes e rigor nos testes clínicos, sem pular etapas. Crianças também devem ser vacinadas, pois, mesmo com menor risco de complicações, ainda podem adoecer, desenvolver quadros graves e transmitir o vírus a pessoas vulneráveis.
Todas as vacinas aplicadas no Brasil passam por avaliação criteriosa antes de serem autorizadas e permanecem sob constante monitoramento por meio de um sistema de farmacovigilância, que identifica e investiga eventuais eventos adversos. Esse processo assegura que apenas imunizantes seguros continuem em uso. A opção pela chamada “imunidade natural”, obtida mediante infecção, expõe o organismo a riscos consideráveis, enquanto a vacinação oferece proteção sem tais perigos.
Outros mitos também precisam ser desmentidos: a vacina contra o HPV não incentiva o início precoce da vida sexual, mas previne infecções que podem causar diversos tipos de câncer; a nova vacina contra a Dengue é segura e eficaz inclusive para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus; o país de fabricação não determina a qualidade do imunizante, que, obrigatoriamente, passa pela avaliação da Anvisa e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde; não há substâncias tóxicas “escondidas” em sua composição, que é pública e segura; e, embora a indústria farmacêutica seja um setor econômico, as vacinas geram economia para os sistemas de saúde e salvam milhões de vidas todos os anos.
Vacinar-se não é apenas um ato de proteção individual, mas de responsabilidade coletiva. Ao se imunizar, o cidadão contribui para a chamada imunidade coletiva, que protege aqueles que não podem receber vacinas, como bebês e pessoas com imunidade comprometida. A Prefeitura de Ibiporã reforça que dúvidas sobre vacinação devem ser esclarecidas diretamente com profissionais de saúde ou por meio dos canais oficiais do Município. Evitar a propagação de boatos e compartilhar informações corretas são atitudes essenciais para a preservação da saúde pública.
Em caso de dúvidas, entre em contato com os profissionais da sua Unidade de Saúde de referência ou acesse os canais oficiais da Prefeitura de Ibiporã.
Fonte: 17ª Regional de Saúde Londrina