Um homem foi filmado na tarde desta quinta-feira (14) destruindo diversos móveis e eletrodomésticos de uma loja do centro de Rolândia (Região Metropolitana de Londrina). No vídeo que circula nas redes sociais e em grupos de mensagem é possível ver o homem derrubando fogões, máquinas de lavar e geladeira. Ele também é visto arremessando objetos na via em frente ao estabelecimento. Ao menos nove eletrodomésticos podem ser contabilizados pelas imagens.
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Ao fundo, enquanto o homem danifica os objetos, uma voz assustada afirma que o homem estaria possuído. “Senhor, Jesus, está possuído! Em nome de Jesus, em nome de Jesus. Está possuído, gente”, narra.
O gerente da loja, Joel Rocha, disse à reportagem do Bonde que o homem é um cliente e que comprou uma impressora no valor de R$ 800,00 no dia anterior, quarta (13). Nesta quinta, ele teria voltado, alegando defeito ou mal funcionamento do produto. “Ele falou que um dos cartuchos da impressora não funcionava. E aí a gente fez o procedimento padrão para atender ao cliente e pedimos um prazo até o dia seguinte para resolver” explica Rocha.
Segundo o gerente, o homem foi até o Procon do município para reivindicar seus direitos, mas voltou ao comércio e, após discussão, começou a quebrar os móveis e eletrodomésticos.
Nestes casos, o CDC (Código de Defesa do Consumidor) prevê que o fornecedor tem até 30 dias para reparar vícios no produto. Caso este prazo não seja respeitado, o consumidor tem o direito de exigir a substituição por outro produto da mesma espécie, a restituição da quantia paga ou o abatimento do valor para aquisição de outro item.
Mesmo tendo prazo legal de 30 dias, o gerente afirma que a loja se propôs a resolvê-lo até o dia seguinte, mas o cliente não teria aceitado. “Nós não temos capacidade técnica para poder identificar defeito em loja. Nesses casos a gente abre um processo para o fabricante”, explica.
Rocha diz que o estabelecimento ainda não teve tempo hábil de contabilizar os itens danificados, por isso não consegue estimar o valor do prejuízo, mas vai acionar o seguro. O gerente conta que atua no comércio há 16 anos e que nunca passou por caso semelhante. “É uma situação atípica. Na minha vivência de varejo nunca tinha acontecido”, desabafa.
A PM (Polícia Militar) foi acionada e encaminhou o homem à sede do 15º Batalhão, onde foi confeccionado um termo circunstanciado de infração penal. De acordo com o boletim policial, ele também danificou um eletrodoméstico de uma loja vizinha.