A preocupação com a falta de novas vagas em cemitérios municipais é um problema recorrente e generalizado em diversos municípios do Brasil, refletindo a superlotação dos espaços públicos. A questão tem sido objeto de debates e requerimentos em várias Câmaras Municipais, com vereadores cobrando soluções do Poder Executivo.
Em Ibiporã esta bandeira já foi levantada pelo vereador Pedro Luiz Chimentão (Republicanos) que apresentou indicação ao prefeito José Maria Ferreira (PSD) cobrando a abertura de novos túmulos no cemitério municipal São Lucas. Chimentão destaca que “ano após ano, a quantidade de espaços ou vagas vem diminuindo significativamente, provocando grande preocupação nas famílias que procuram um espaço para acomodar os entes que se vão”, cobrando do Poder Público estudo em regime emergencial para a construção de novos túmulos.
A situação do cemitério está chegando ao limite de capacidade e requer ampliação urgente. Há de 20 anos atrás, um empresário buscava empreender em Ibiporã, adquirindo uma área para a implantação de um novo cemitério particular porém a iniciativa não vingou pelo fato de estudos revelarem que a propriedade estaria sobre um lençol de nascentes de água o que impediu de prosseguir com o projeto.
Na mesma época, um outro empreendimento que visava a implantação de uma empresa de gestão de resíduos ambientais também foi impedida de se instalar no município pelo mesmo fator. Preservação do lençol freático também chamado de zona de saturação. Na vizinha cidade de Londrina, a prefeitura considera alterar a legislação para facilitar a ampliação dos cemitérios municipais, uma vez que a situação chegou a um ponto crítico. Embora houvesse cerca de 70 jazigos disponíveis no ano passado, já se utilizavam alternativas como os distritos rurais para sepultamentos de baixa renda.
Em Ibiporã a dificuldade de ampliar o cemitério se dá por fazer divisa com um parque municipal (área de preservação) onde o terreno ou por restrição ambiental é mais um desafio para o prefeito José Maria Ferreira buscar outra solução. Como a tendência do município é continuar crescendo para a zona sul, um cemitério novo naquela região poderia ser planejado para os próximos 50 anos de modo a atender as expectativas frente as necessidades emergentes.
Fonte: Folha Portal/Assessoria CMI

