O mistério sobre a morte de Odete Roitman (Debora Bloch) voltou a movimentar o público do remake de Vale Tudo. A produção gravou dez finais diferentes, mantendo o suspense sobre a vilã, e alguns elementos da narrativa indicam que a empresária pode ter forjado a própria morte. Entre os sinais mais claros está o velório, que ocorre com o caixão lacrado, impedindo qualquer confirmação de que o corpo realmente pertença a Odete.
Outro indício está na despedida entre a vilã e Freitas (Luís Lobianco) antes do disparo que supostamente a matou. O funcionário se despede calorosamente e oferece ajuda, levantando a possibilidade de que ele pudesse ter sido envolvido em algum plano da executiva para simular sua morte. A cena sugere que Odete poderia ter arquitetado sua saída sem ser realmente assassinada.
Elementos sutis reforçam a teoria
Mais pistas surgem na reação de Marco Aurélio (Alexandre Nero), que comenta que a vilã poderia estar incomodada com a exposição pública, enquanto Leila (Carolina Dieckmann) reforça que Odete não “sente” mais nada. Detalhes técnicos do disparo também chamam atenção: o revólver exibido na cena não possui silenciador, diferente do que Marco Aurélio usou, o que mantém a dúvida sobre a real execução do crime.
O remake escrito por Manuela Dias inclui essas alterações importantes em relação à versão de 1988, permitindo que Odete possa reaparecer e reforçando a crítica central da trama: a impunidade dos poderosos. Se a vilã realmente voltar, além de surpreender o público, ela provocará uma ruptura com o desfecho clássico que marcou a teledramaturgia brasileira, no qual Odete, interpretada por Beatriz Segall, morreu acidentalmente pelas mãos de Leila (Cássia Kis). O suspense continua, mantendo o mistério até o último capítulo.