A região de Londrina tem enfrentado um cenário alarmante de violência contra mulheres, com uma série de feminicídios e tentativas de assassinato nos últimos dias. Um levantamento exclusivo do Lesfem (Laboratório de Estudos de Feminicídios) da UEL (Universidade Estadual de Londrina) aponta que, em 2025, a área metropolitana já soma mais de 20 casos, número que se aproxima rapidamente do total de 24 registrado em todo o ano passado.
A última semana foi particularmente grave, com o assassinato de quatro mulheres em diferentes cidades. Em Londrina, no Conjunto Farid Libos, uma jovem de 25 anos foi morta a facadas pelo companheiro. Em Jataizinho, uma mulher de 37 anos foi executada na zona rural, e sua filha adolescente também foi ferida.
Já em Rolândia, uma mulher de 30 anos foi morta após ser esfaqueada pelo próprio enteado. Além disso, no Jardim Marabá, também em Londrina, outra mulher foi esfaqueada e segue internada em estado grave.
Os dados preliminares do Lesfem indicam que, até a semana passada, Arapongas registrou sete casos, com uma morte e seis tentativas. Sertanópolis teve três casos, sendo um feminicídio consumado e dois tentados. Londrina contabilizou um feminicídio consumado e duas tentativas. Cidades como Cambé, Ibiporã e Jaguapitã também entraram na estatística, com pelo menos uma morte em cada, além de outros casos tentados.
Os números reforçam a urgência de políticas de enfrentamento à violência de gênero. Segundo a coordenadora do Lesfem, Silvana Mariano, mesmo em casos em que a polícia não classifica a morte como feminicídio, a perda de vidas de mulheres reforça um padrão de violência que continua a crescer, tanto no ambiente doméstico quanto fora dele.
