O 6º Fórum do Agronegócio, promovido pela SRP (Sociedade Rural do Paraná) no Parque Ney Braga, em Londrina, nesta quinta-feira (4), reuniu representantes de empresas e entidades setoriais ligadas ao agronegócio, além de políticos que vêm sendo apontados como pré-candidatos à Presidência da República e à sucessão ao governo do Estado, dando um esboço do cenário eleitoral que deverá ser desenhado no Paraná em 2026.
A solenidade de abertura teve tom de palanque. O governador Ratinho Junior (PSD) foi saudado pelo presidente da SRP, Marcelo Janene El-Kadre, e pelo prefeito de Londrina, Tiago Amaral, como ˜futuro presidente”. E integraram a comitiva oficial da capital ao Norte do Estado os secretários estaduais das Cidades, Guto Silva, de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, de Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca, e o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi (PSD). Os secretários e o parlamentar estão entre os políticos cotados para disputarem a vaga ao Palácio Iguaçu, no pleito do ano que vem.
Em coletiva à imprensa antes do início do evento, Ratinho Junior destacou algumas obras já finalizadas e outras que deverão ser viabilizadas no seu governo. Após deixar o Parque Ney Braga, o governador seguiu para Tamarana para a inauguração oficial da duplicação dos 27 quilômetros da PR-445, entre Mauá da Serra e Lerroville.
A agenda em Tamarana incluiu também a assinatura da ordem de serviço para a duplicação dos 24 quilômetros da PR-445, entre Lerroville e Irerê. Segundo ele, a execução do último trecho deve ser iniciada imediatamente. “Estamos fechando um compromisso que eu tenho com Londrina e o Norte do Paraná e de certa forma com o Paraná porque é um corredor muito importante.”
O governador ainda assinou a liberação de R$ 28 milhões para as obras de pavimentação da avenida Saul Elkind e da rua Joni Belai Aguiar (zona norte), para facilitar o acesso à Cidade Industrial de Londrina. “Vai ser criado um novo corredor com muito mais segurança e mobilidade, ligando dois extremos da cidade de Londrina e faz parte do compromisso que o Estado tem com o crescimento de Londrina.”
O prefeito de Londrina, Tiago Amaral, adiantou que foi protocolado um projeto para a extensão da duplicação da Avenida Saul Elkind até a PR-445. “Essa é uma demanda minha ao governador. Aquilo é um grande eixo de ligação entre a cidade de Cambé e Londrina. É algo realmente necessário”, disse Amaral. “Já estamos com o edital pronto para publicar essa licitação.”
Dentro do pacote de obras, Ratinho Junior também anunciou, para “os próximos dias”, a abertura dos envelopes do processo licitatório para a construção do Terminal Metropolitano, na avenida Leste-Oeste.
Ratinho Junior informou ainda que a prefeitura de Londrina já pediu autorização ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para avançar com o projeto de construção do viaduto do Grêmio, na BR-369, e que o projeto de construção do viaduto da avenida da Esperança, em Cambé, já foi autorizado pelo órgão federal e em breve poderá ser lançado o edital de licitação.
IPVA
O governador também respondeu aos questionamentos da oposição e de alguns municípios referentes à redução do valor do IPVA em 2026. Projeto já aprovado em primeira discussão no Legislativo estadual. Eles apontam a falta de apresentação de estudo de impacto da medida e temem a queda nos repasses às prefeituras.
Ratinho Junior disse que a Secretaria de Estado da Fazenda irá publicar um levantamento mostrando os valores “a mais de ICMS” repassados pelo Estado aos municípios nos últimos quatro anos. “Ainda não está 100% fechado, mas um estudo rápido dá uma média de 31% a mais que o Estado passou de ICMS aos municípios. Além disso, nós implantamos o maior programa de urbanização viária da América do Sul, estamos investindo R$ 6,5 bilhões a fundo perdido para os municípios até 100 mil habitantes fazerem toda a urbanização de 100% das ruas. Desse total, R$ 4 bilhões já foram liberados e vamos chegar em 90% de todas as cidades do Paraná, conforme os prefeitos forem fazendo os projetos. Essa não era uma obrigação do Estado, era uma obrigação do município. Agora, se porventura algum prefeito não quiser fazer esse tipo de investimento e quiser pegar o dinheiro do IPVA, não tem problema, é uma escolha dele.”