A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina divulgou hoje (26) novo boletim epidemiológico sobre a dengue. Os dados apontam que, do início do ano até o momento, foram registradas 18.827 notificações relacionadas à doença, das quais 3.722 foram confirmadas e 11.902 descartadas. Outros 3.203 casos seguem em análise e a cidade registra mais um óbito, totalizando nove mortes esse ano. O boletim também aponta oito notificações relacionadas à chikungunya, das quais uma foi confirmada (caso importado), três descartadas e quatro estão em análise.
O óbito refere-se a uma paciente do sexo feminino, de 46 anos, moradora da região sul, que possuía a comorbidade de hipertireoidismo. Ela iniciou os sintomas no dia 18 de maio e faleceu no dia 23 do mesmo mês, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Sabará. A paciente passou por atendimentos na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Itapoã, Pronto-Atendimento (PA) do União da Vitória e, por fim, na UPA Sabará. Não houve internação.
O mapa que apresenta a incidência de casos notificados por área de abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) apresenta um comportamento estável na curva epidemiológica da dengue nas últimas semanas, com crescimento discreto de notificações e casos confirmados. Segundo a diretora de Vigilância em Saúde, da SMS, Fernanda Fabrin, o comportamento estável é resultado direto de um conjunto de medidas estratégicas.
Entre as principais, Fabrin destacou: antecipação e intensificação das ações de controle vetorial, com foco na redução da infestação do Aedes aegypti ainda no início do ano, antes do pico sazonal esperado; realização de “Dias D” com mutirões de limpeza em regiões que apresentavam aumento expressivo na incidência de casos, além de retirada de materiais que não têm serventia e eliminação de criadouros e forte mobilização comunitária; e aplicação da tecnologia da Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI) em áreas classificadas como de maior risco, especialmente em imóveis especiais (UBS e Escolas), visando à proteção prolongada contra o vetor nos ambientes internos.
Somam-se a essas medidas ações direcionadas por análise territorial, com priorização de bairros e setores com maior concentração de casos e/ou alta positividade; mobilização intersetorial e campanhas educativas, fortalecendo a conscientização da população para a eliminação dos criadouros e a participação nos mutirões e visitas domiciliares. “Essas ações integradas, realizadas com planejamento e antecedência, foram fundamentais para conter a propagação do vírus e reduzir a intensidade da transmissão mesmo durante os meses tradicionalmente mais críticos”, destacou.
De acordo com a diretora, mesmo com a diminuição na atividade vetorial devido à queda das temperaturas, a Secretaria Municipal de Saúde manterá as ações de combate ao Aedes aegypti durante todo o período de outono e inverno, com caráter preventivo e estratégico.
As ações incluem: manutenção das inspeções e bloqueios em pontos estratégicos e imóveis especiais; monitoramento contínuo de indicadores entomológicos e epidemiológicos; ações educativas nas comunidades e em instituições de ensino; fiscalização de denúncias e situações de risco; planejamento das ações para o próximo ciclo sazonal. “Apesar da redução da circulação do mosquito no inverno, os ovos do Aedes aegypti permanecem viáveis por até um ano em locais secos, e podem eclodir com a primeira chuva. Portanto, as ações preventivas devem continuar”, alertou Fabrin.
Disque-Dengue – A população pode colaborar denunciando possíveis focos do mosquito pelo Disque Dengue, no número 0800-400-1893. O atendimento fica disponível de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.